segunda-feira, 21 de maio de 2012

Bate papo sobre Arte na Periferia.

Olá galera, este final de semana foi repleto de atividades culturais na cidade de SP e também de um bate papo super interessante sobre Arte na Periferia no espaço Anchietanum.

O convite veio através do espaço para falarmos sobre nossas experiências e os trabalhos que são desenvolvidos nas margens da cidade. Antes do bate papo o Coletivo Muros que Gritam... fizeram uma pintura em vidro para começar a esquentar os corações e as palavras para a conversa.

Coletivo MUROS QUE GRITAM... ÍTALO MO.FYA, xCHEx E TODYONE.

Os grupos culturais/coletivos convidados para a conversa foram: Grupo Sinfonia de Cães, Tenda Literária, Periferia Invisível e Cultura ZL.

Para compor a roda de conversa o Renato Almeida, mestrado em Ciências Sociais com pesquisa na área de "Juventude e Participação" que deu as boas vindas e nos trouxe um pouco do Histórico das atuações de grupos culturais da periferia entre os anos 80 e início dos 90.

Com os coletivos ficou o cargo que comentarem um pouco sobre as atividades, propostas e lutas que emergem nas quebradas e fazem com que - muitos jovens - se aproximam das questões debatidas entre os grupos e sociedade para melhor pensar na cidade e principalmente na Arte e Cultura produzidas e realizadas em seus respectivos locais.

Roda de Conversa.
Após a apresentação dos grupos, foi aberta para o público presente fazer perguntas para nós, entre as perguntas estavam: o papel da grande mídia em saber e procurar divulgar as atividades que nós realizamos, o que os grupos acham deste contato assim como dos espaços culturais existentes na cidade, o que fazer para - de fato - ser ocupado artisticamente com projetos e grupos das periferias - sem ter tanta falta de confiança, e como este contato com o Poder Público pode ser mais Transparente.

Todos da roda responderam conforme suas experiências, e nós do Cultura ZL falamos que não achamos tão importante assim, a não ser de fazer com que nossa movimentação seja mais divulgada para outros cantos da Cidade.  

"Acreditamos em uma mídia independentes, pois tem mais força para comunicar e passar informação" Vander xCHEx. 

"Acreditamos que, se soubermos utilizar a mídia a nosso favor - falar o que pensamos - ai sim estamos fazendo algo contra o sistema que eles impõe, se isso não acontecer estamos nos vendendo." Roger - Sinfonia de Cães.

Vander xCHEx e Bruno Veloso.

A conversa foi bem bacana, o que nos faltou mesmo foi tempo para poder falar e explicar mais como funciona nossas atividades, porém elas estarão sempre aqui neste espaço sendo divulgadas e abertas para o diálogo, assim como para críticas.

Desde já, gostaríamos de agradecer o convite ao pessoal do Anchietanum: Rachel e Vitor pelo convite assim como as pessoas presentes na conversa, isso é muito importante para nós, pois pra falar sobre Arte e Cultura da periferia nada melhor do que chamar os/as atores/ atrizes destas manifestações que tem um caráter muito político e também social.

Pra finalizar nossa conversa tivemos uma roda de Jongo com a galera de Guaianases.

Leandro Hoehne e Ângela Garcia & Garcia na roda de Jongo.



Muito obrigado por tudo, pois a Luta se faz com que pessoas que batalham, não com pessoas que se fazem achar que estão na Luta.


Texto: Vander xCHEx.
21/05/2012.


2 comentários:

  1. Belo registro Che! Condizente a importancia do dia. Gostaria de acrescentar mais ou menos, porque não lembro todas as palavras, o que você disse no debate final. Acho muito importante pra pensarmos enquanto nosso estar artista militante:

    Tá na moda falar de cultura da periferia. Na academia, na mídia, tá todo mundo falando da cultura da periferia. Tem gente ganhando bastante dinheiro com cultura de periferia. Mas o tiozinho do boteco ta falando de futebol ainda. A tiazinha com a vizinha, falando da novela das oito...

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  2. E é por ai mano, a galera da quebrada anda falando daquilo que acham que é cultura, que é arte para eles. Adentrar neste mundo da nossa quebrada e apresentar novas possibilidade de manifestação artística é fundamental, pois acredito que ao fazermos isso iremos nos surpreender com as demonstrações e manifestações que os tiozinhos e tiazinhas tem a nos dizer.

    É tudo nosso mano, tamo junto sempre.

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