terça-feira, 23 de outubro de 2012

Teatro para as bandas da Leste...


Um projeto que foi contemplado pelo Proac e também tem o apoio do Programa VAI está apresentando a peça de teatro: Daqui a Pouco o Peixe Pula, de realização do Grupo Estopô Balaio.

Segue no Flyer os locais e horários das apresentações.

Realese:

DAQUI A POUCO O PEIXE PULA é um projeto de ocupação artística do coletivo EstoPô Balaio de criação, memória e narrativa que nasceu no Jardim Romano, bairro do extremo leste paulistano. O projeto conta com três frentes de atuação: intervenção urbana através dos grafites de Ignoto (grafiteiro do bairro), contemplado pelo ProAC de Artes Visuais, ateliês de criação (memória e narrativa, perna de pau e grafite) fomentados pelo Programa Vai e a construção de um experimento cênico de rua com os moradores atuando, subsidiado pelo ProAC de Primeira Obras em Artes Cênicas.
A memória individual dos moradores revelaram acontecimentos inusitados: peixes pescados nas ruas, travessias em botes de garrafa pet, casas submersas, crianças nadando nas ruas-rios... Um cenário de esquecimento e desolação que deixou centenas de famílias esquecidas durante três meses de 2010. O rio derrubou paredes, casas, móveis e estilhaçou a cidadania. O rio revelou a trajetória heroica dos soldados romanos. Dessa experiência compartilhada a todo o momento com quem chega ao bairro nasceu o desejo de visitar esta memória através da poesia. Os peixes que saltavam nas ruas para alegria das crianças dão luz ao encontro com a memória social do bairro.
O espetáculo de rua conta com uma cena documental construída a partir dos elementos presentes na memória social do Jardim Romano, a partir da experiência dos moradores ao enfrentar a última enchente no bairro que durou três meses durante o ano de 2010.
De dentro da casa de um morador, atores-moradores da Cia. Geração da Arte (re)contam as histórias de suas próprias vidas, seguindo em direção a rua, num fluxo e contra fluxo entre espaço público e privado, numa encenação que metaforiza o percurso das águas que transformaram as ruas em rios. A água é o principal registro documental do processo. Na cena, depoimentos e pequenas estruturas dramáticas formam as camadas narrativas de uma dramaturgia que busca dar conta da relação dos atores-moradores que irão intervir no espaço, construindo uma dramaturgia performativa, em que os elementos processuais são ferramentas para a sua própria fruição, bem como, a utilização da não-linearidade das narrativas, a utilização de outras mídias como o vídeo e suas perspectivas poéticas de inserção na cena.
 O espetáculo busca reverberar, através do entrecruzamento de linguagens, a força poética e propulsora do encontro de corpos dentro de um espaço-público-cênico caracterizado pela operação da poesia sobre a realidade social, promovendo um encontro do homem com o manancial de forças que lhe habitam.
Com direção de João Júnior, assistência de Recy Freire, a cena conta com os atores Bruno Cavalcante, Bruno Fuziwara, Carla Mariana, Diane Oliveira, Eduarda Lima de França, Eva Barreto, Igor Jean, Keli Andrade, Paulo Oliver, Wemerson Nunes.

Quem puder comparecer fiquem todos a vontade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário